sábado, 7 de junho de 2008

História da indústria têxtil no Brasil


No período colonial, a característica fundamental é a incipiência da indústria têxtil. As diretrizes da política econômica para as colônias eram ditadas pela Metrópole.
Em 1785, por Alvará de d. Maria I, mandou-se fechar todas as fábricas de tecidos de algodão, lã e outras fibras, com exceção daquelas que fabricavam tecidos grosseiros destinados à vestimenta de escravos. A determinação da extinção das fiações e tecelagens existentes no Brasil tinha como objetivo evitar que um número maior de trabalhadores agrícolas e extrativistas minerais fosse desviado para a indústria manufatureira. Em síntese, o famoso Alvará é extremamente representativo do poder coercitivo que exercia a autoridade central colonizadora sobre qualquer esforço de desenvolver-se uma atividade manufatureira, quer por parte dos nativos, quer pelos próprios colonos portugueses.
Com a chegada de Dom João VI ao Brasil, o Alvará de d. Maria I foi revogado, mas o surto industrialista que poderia ter-se verificado não ocorreu. Ao contrário, foi aniquilado em razão de medidas econômicas de interesse da Metrópole que assinara em 1810 um tratado de aliança e comércio com a Inglaterra, instituindo privilégios para os produtos ingleses, reduzindo-se os direitos alfandegários para 15%.

Nenhum comentário: