quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Santa Cruz do Capibaribe

A atividade econômica predominante é indústria e comércio com maior potencialidade de desenvolvimento para confecções.
Cidade que deu certo no Polígono das Secas. Modelo criado pelo próprio povo gera milhares de empresas e de empregos, ao contrário do capital globalizado que reduz o número de empresas e desemprega milhares. Os dias da feira são de segunda-feira a quarta-feira. Atualmente é após a ilha de Fernando de Noronha a cidade com menos pobres em relação a sua população total no estado de Pernambuco, seguida de Toritama, segundo o Pnud/Ipea/FJP, Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, pesquisa realizada em 2006. Economia
A atividade econômica predominante é indústria e comércio com maior potencialidade de desenvolvimento para confecções.

Caruaru

EconomiaCaruaru é o maior centro econômico do agreste pernambucano, e um dos maiores do Nordeste. Com cerca de 255 mil habitantes, a cidade é um pólo que concentra indústrias e estabelecimentos comerciais e cuja influência se espalha às cidades vizinhas e outros municípios da região.Dentre as diversas feiras de Caruaru, a mais conhecida é a Feira da Sulanca, que atrai compradores de várias cidades de Pernambuco e até mesmo de outros Estados. Concentrador da produção e venda de peças artesanais em barro, cerâmica, madeiras, entre outros, Caruaru tem na arte um dos seus principais setores econômicos. Sendo assim, o artesanato é o setor que apresenta maior potencialidade de desenvolvimento, junto aos produtos alimentícios e à confecção. As peças podem ser encontradas na feira de artesanato. A agricultura é também diversificada; cultivam-se, principalmente: batata-inglesa, mandioca, tomate, abacaxi, fava, manga, feijão, milho, banana, algodão herbáceo, abacate e laranja.

Toritama

Toritama se destaca pela produção e venda de roupas.
O desfavorecimento do solo e um rio que não é permanente tanto sua maioria da estação seco sem água abundante para a irrigação fez com que a população buscasse a sobrevivência em atividades industriais, inicialmente com a fabricação de calçados, que fez do município um pólo calçadista de destaque na região durante a década de 70.
A atividade declinou-se em decorrência da grande concorrência da indústria de grandes calçadistas, que fez com que as fábricas de calçados de couro entrassem em declínio falindo em pouco tempo. Isso obrigou a população a procurar outra forma de trabalho. Como não poderia ser na área agrícola ou pecuária, optou-se pela fabricação de jeans industrial começando com retalhos, a atividade proliferou rapidamente sendo que 15 por cento do jeans produzido no Brasil vem de Toritama.
Sendo um produto de qualidade e preço baixo o jeans de Toritama atraem consumidores de todo o Brasil para comprar e depois revender em suas cidades respectivamente.

Tecelã



















A tecelã
Toca a sereia na fábrica,
e o apito como um chicote
bate na manhã nascente
e bate na tua cama
no sono da madrugada.
Ternuras da áspera lona
pelo corpo adolescente.
É o trabalho que te chama.
Às pressas tomas o banho,
tomas teu café com pão,
tomas teu lugar no bote
no cais do Capibaribe.
Deixas chorando na esteira
teu filho de mãe solteira.
Levas ao lado a marmita,
Contendo a mesma ração
Do meio de todo o dia,
a carne-seca e o feijão.
De tudo quanto ele pede
Dás só bom-dia ao patrão,
e recomeças a luta
na engrenagem da fiação.
Ai, tecelã sem memória,
de onde veio esse algodão?
Lembras o avô semeador,
com as sementes na mão,
e os cultivadores pais?
Perdidos na plantação
Ficaram teus ancestrais.
Plantaram muito. O algodão
nasceu também na cabeça,
cresceu no peito e na cara.
Dispersiva tecelã,
esse algodão quem colheu?
Tuas pequenas irmãs.
Deixando a infância colhida
e o suor infantil e o tempo
na roda da bolandeira
para fazer-te fiandeira.
Ai, tecelã perdulária,
esse algodão quem colheu?
Muito embora nada tenhas,
estás tecendo o que é teu.
Teces tecendo a ti mesma
na imensa maquinaria,
como se entrasses inteira
na boca do tear e desses
a cor do rosto e dos olhos
e teu sangue à estamparia.
Os fios dos teus cabelos
entrelaças nesses fios
e outros fios dolorosos
dos nervos de fibra longa.
Ó tecelã perdulária,
enroscas-te em tanta gente
com os ademanes ofídicos
da serpente multifária.
A multidão dos tecidos
exige-te esse tributo.
Para ti, nem sobra ao menos
Um pano preto de luto.
Vestes as moças da tua
idade e dos teus anseios,
mas livres da maldição
do teu salário mensal,
com o desconto compulsório,
com os infalíveis cortes
de uma teórica assistência,
que não chega na doença,
nem chega na tua morte.
Com essa policromia
de fazendas, todo dia,
iluminas os passeios,
brilhas nos corpos alheios.
E essas moças desconhecem
o teu sofrimento têxtil,
teu desespero fabril.
Teces os vestidos, teces
agasalhos e camisas,
os lenços especialmente
para adeus, choro e coriza.
Teces toalhas de mesa
e a tua mesa vazia.
Toca a sereia da fábrica,
e o apito como um chicote
bate neste fim de tarde,
bate no rosto da lua.
Vais de novo para o bote.
Navegam fome e cansaço
nas águas negras do rio.
Há muita gente na rua
parada no meio fio.
Nem liga importância à tua
Blusa rota de operária.
Vestes o Recife, e voltas
para casa, quase nua.